Canabis, recurso natural renovável – parte VII

Publicado por Felipe Arellano 19 de junho de 2024
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Continuação da parte VI>

Canabis, recurso natural renovável – parte VI

O método de consumo de canabis mais popular, fumar, traz alguns riscos à saúde, como a inalação de toxinas e carcinógenos, lembrando que essas substâncias são produto da combustão e são liberadas ao queimar qualquer material vegetal, como por exemplo quando acendemos o carvão para um churrasco. Isso não quer dizer que o carvão é tóxico ou carcinogênico, mas as substâncias que são produzidas ao queimar o carvão. É exatamente o mesmo com a canabis.

Obviamente, estou me referindo ao uso da flor de canabis pura, pois como mencionamos antes nestes artigos, lamentavelmente nos países onde seu cultivo e comercialização são proibidos, os traficantes frequentemente adulteram o produto com diferentes substâncias, com péssimas consequências para a saúde dos usuários.

Embora fumar seja a forma mais comum de consumir canabis, a vaporização se tornou uma alternativa cada vez mais utilizada ao redor do mundo, oferecendo uma experiência mais segura e eficaz, principalmente para pessoas que a utilizam medicinalmente.

Em linguagem terapêutica, fumar corresponde à via de administração inalada, assim como a vaporização, que é um processo que aquece a canabis a uma temperatura alta o suficiente para liberar seus compostos ativos na forma de vapor, sem chegar a queimá-lo. Isso permite inalar canabinóides e terpenos sem as toxinas e carcinógenos presentes na fumaça.

Estudos mostram que a vaporização permite uma maior absorção de princípios ativos, o que significa que é necessário menos canabis para obter o mesmo efeito terapêutico. Isso se deve ao fato de que o vapor é mais fácil de ser assimilado pelos pulmões do que a fumaça. Além disso, é muito menos irritante para as vias respiratórias, o que o torna uma melhor opção para o uso adulto e para usuários medicinais, oferecendo uma maior biodisponibilidade, um sabor mais puro, menos odor no ambiente e um maior controle das doses. A temperatura à qual a canabis é vaporizada influencia nos efeitos terapêuticos. Por exemplo, temperaturas mais baixas liberam principalmente terpenos, que têm efeitos relaxantes e ansiolíticos, enquanto temperaturas mais altas liberam mais canabinóides, que podem ter efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.

Infelizmente, os custos dos vaporizadores são relativamente altos para que hoje sejam acessíveis a todas as pessoas. À medida que a tecnologia avança, os custos devem diminuir e assim, mais pessoas poderiam optar por esta via de administração. Atualmente, em 2024, um vaporizador custa entre 80 e 200 dólares.

Não quero parecer repetitivo, mas quero insistir e destacar o fato de que qualquer material vegetal que seja queimado e inalado tende a irritar o sistema respiratório. Isso é válido para a camomila, o gengibre ou o alho, por exemplo. Em outras palavras, qualquer raiz, semente, caule, folha, fruto ou flor de qualquer espécie vegetal, quando é queimada e inalada, tem alguns riscos para o sistema respiratório, mas isso não quer dizer que essas substâncias sejam inerentemente tóxicas ou que não tenham propriedades medicinais.

As doses, a frequência, as vias de administração e a qualidade do produto são muito importantes. Acredito que cabe a todos nós nos educarmos e utilizarmos cada substância da melhor maneira possível para obter os máximos benefícios possíveis de acordo com cada caso. Falando especificamente sobre o uso terapêutico da canabis, sempre é recomendável consultar um médico ou terapeuta treinado no uso de canabinóides antes de iniciar um tratamento deste tipo.

Espero que com o passar do tempo o bom senso e a verdadeira ciência, não vendida a interesses corporativistas egoístas, prevaleçam sobre a desinformação para favorecer a saúde de todos os habitantes do planeta.

(Continua na parte VIII)

Canabis, recurso natural renovável – parte VIII

Comentários
  • Márlia Bicalho 104 dias atrás

    Bom dia!
    De fato, são muitos os mitos a respeito da canabis. Temos um grupo de leitoras e nós encontramos, presencialmente, de vez em quando. Todas jovens entre 70 e 80. O último encontro, a conversa foi no sentido usarmos, seja medicinal ou recreativo.

  • Vania Lucia 105 dias atrás

    Boa noite!
    Estou tomando e so tem me feito muito bem!
    Parei de tomar remédio para dormir, emagreci, tive bulsite na bacia e estou curada. Tive cancer, tomei remédios que acabaram com meus ossos e graças ao CBD (Canabis) ja estou quase curada. Veja a melhora a cada dia. Muito feliz!

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