Sinfonia de minha própria boca

Publicado por Editor 21 de dezembro de 2009

Sinfonia de minha própria boca

para todos falo

para todos os lugares

todos os tempos

de alegria ou de sombras

falo de palavra livre

de vento no deserto

palavras de águas amazônicas

de aves sem pouso

cidades remotas

animais em extinção

assim são minhas palavras em ruínas

desmedidas e musicais

de pedra em repouso

mesmo quando as montanhas

de abusos e absurdos

se desabam em nuvens

de silêncio e de terror

e as geleiras se derreterem

contra a ignorância

a ira e a arrogância

dos homens sem pares

falo de fala amável e necessária

do que me é dado ver e sentir

do que me é dado sofrer e sorrir

falo do que de humano existe

em todos os homens

de todos os tempos e lugares

para que a vida se cumpra

e floresça em sua plenitude

no coração da humanidade

quem tem ouvidos que ouça

o poema da  alegria

da dor da arte universal

de minha parte esqueço o som vazio

a sinfonia de minha própria boca

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