Lúcifer, a Reforma Protestante e a Teologia da Prosperidade – parte VI

Publicado por Editor 26 de setembro de 2022

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(continuação da parte V)

O televangelismo, origem nos EUA

O televangelismo tem suas origens na segunda metade do século XIX com reuniões de avivamento rurais, camp meetings, e depois urbanas, e especialmente no início do século XX, com pregadores estrelas viajantes que ampliam seu público conforme as técnicas de comunicação.

Uma pioneira no campo é Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja Quadrangular, que usou rádio e telefone na década de 1920 e 1930 para alcançar um público mais amplo.

Nos Estados Unidos, a Grande Depressão dos anos 1930 implicou em um ressurgimento das pregações via rádio nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, alguns missionários iam de cidade em cidade com carros de som, vivendo de doações. Vários desses passaram ao rádio como resultado de sua popularidade. Um dos primeiros pregadores a usar extensivamente o rádio foi Samuel Parkes Cadman, iniciando em 1923. Em 1928, Cadman tinha um programa de rádio semanal na rádio da National Broadcasting Company (NBC), sua oratória conseguiu a audiência de mais de cinco milhões de pessoas em todos os Estados Unidos.

Em 1956, a Igreja Batista Thomas Road em Lynchburg e Jerry Falwell fundaram o programa “Old Time Gospel Hour”.

Em 1978, Charles Stanley começou a transmitir o programa de televisão In Touch, Em contato. O programa foi traduzido para 50 idiomas.

O televangelismo começou como um peculiar fenômeno americano, resultado de uma mídia sem regulamentação, em que as redes de televisão aberta e por assinatura estavam acessíveis a praticamente qualquer pessoa que pudesse pagar, combinada com a grande população cristã do país, capaz de fornecer o financiamento necessário para a compra de horários de televisão. A crescente globalização das mídias permitiu a alguns televangelistas americanos chegarem a públicos mais amplos fora dos Estados Unidos através de redes de televisão internacionais, especialmente as declaradamente cristãs, como Trinity Broadcasting Network, conhecida como TBC e a GOD TV.

A prática também se expandiu a outros países, criando televangelistas locais, tal caso ocorreu no Brasil. Alguns países têm maior controle da mídia e restringem a participação de Igrejas na televisão. Em tais países, a programação religiosa é geralmente produzida por companhias de televisão, algumas vezes como um requerimento ou serviço público obrigatório, ao invés de por interesse de grupos privados. Alguns televangelistas são também pastores regulares em seus ministérios e locais de culto, geralmente em megaigrejas, mas a maioria de seus seguidores vem da sua audiência na televisão e no rádio. Outros não têm filiação com ministérios específicos e acabam por ter atuação apenas nos canais de televisão.

Transmissões via rádio eram vistas como uma atividade complementar para o tradicional missionarismo, permitindo o aumento no número de pessoas atingidas e redução de gastos para isso e também facilitando o acesso à mitologia cristã em países que tinham proibido a atividade dos missionários. O objetivo do rádio cristão era converter novas pessoas ao cristianismo e fornecer informações e apoio aos fiéis. Tal ideia continua a funcionar hoje, também via televisão. Existiram rádios de ondas curtas, de alcance mundial, como HCJB, em Quito, Equador,WYFR, da Family Radio e a Bible Broadcasting Network(BBN), entre outras.

(continua na parte VII)

Lúcifer, a Reforma Protestante e a Teologia da Prosperidade – parte VII

Origem do texto: Wikipedia

Comentários
  • Maria Eugênia Samartini 744 dias atrás

    Como mulher, tenho os dois pés atrás em relação a religiões. Cada vez mais as vejo como meras estabelecedoras de regras para o controle das mulheres e bancos disfarçados de benfeitores.

  • Manfredo Rosa 745 dias atrás

    Muito interessantes esses artigos. Poderiam ser desdobrados em estudo sobre o histórico da atuação da igreja católica no Brasil, sob o mesmo prisma.

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