Comentários dos Leitores – 2ª quinzena de Dezembro/2010

Publicado por Editor 3 de janeiro de 2011

Gilson Frade sobre a crônica “Memórias gastronômicas de um belorizontino – as bebidas” de Sebastião Verly

Eu adorava o Guaraná Gato Preto e tomei demais. Ele era fabricado em São João Del Rey, Minas Gerais, e fez parte da minha infância. Até hoje bebo Mate Couro que pouca gente conhece fora de BH.

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Leticia Campos sobre o artigo “Thomaz Campos & Cia” de Sebastião Verly

Beem Legal a Historia da Fabrica do Vovô…

Minha mãe me conta muitas coisas, mas ela nao conta nos minimos detalhes

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Andre sobre o artigo “A revolução dos catadores” de Heliana Kátia Tavares Campos

Oi Kátia, gostei muito do seu artigo e fiquei com algumas questões, acredito que algumas são mais dirigidas para a Sra. Aurora da SLU:

Os catadores organizados de Belo Horizonte que triam material da coleta seletiva recebem pelo serviço prestado como você aponta no seu artigo? Como funciona o trabalho da SLU com as associações de catadores? Participam ou acompanham mobilização da coleta seletiva no município? Há previsão e um planejamento para que estas associações como a Asmare, Coopersoli Barreiro e outras passem a fazer a coleta também? Qual o planejamento da SLU para a coleta seletiva em Belo Horizonte, haverá ampliação em 2011? Como posso solicitar a implantação do serviço de coleta seletiva no meu bairro?

Feliz 2011.

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Andre sobre o artigo “Coleta Seletiva, Privilégio de Alguns” de Sebastião Verly

Prezado Sebastião, parabenizo pelo seu trabalho. Senti falta no seu artigo, somente de você falar para onde a prefeitura envia o material coletado no município e sobre a lei estadual mineira de gestão de resíduos.

Peço que comente sobre o trabalho dos catadores. Qual é o planejamento da SLU para ampliar a coleta seletiva na cidade? Se um bairro quiser receber este serviço como solicitar?

Tenha um feliz 2011.

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PAULO ROBERTO sobre o artigo “Os caças militares e as bóias de Alcântara” de José Alves

O NOSSO SERVICO  DE  INFORMACOES  É  MUITO  FRACO, A  ABIN DEVERIA  RECEBER  MAIS  RECURSOS FINANCEIROS E  HUMANOS PARA  FAZER FRENTE  ÀS  PODEROSAS E  PERIGOSAS  AGÊNCIAS  DE  ESPIONAGEM  ESTRANGEIRAS,  LEIA SE CIA.

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Carlos Fóscolo sobre a crônica “Doutor Chiquinho – Parte 1” de Sebastião Verly

Caro Tião,

Ao ler seu artigo sobre o Dr.Chiquinho, lembrei-me de alguns fatos  que tive a oportunidade de vivenciar, envolvendo a figura dele e que gostaria de aqui citar.

Não sei se você se recorda, ele tinha uma fazenda aqui em Pompéu.  Por sinal, a melhor do município: a Fazenda do Indostão, que ele visitava algumas vezes por ano.  Quando chegava à cidade, sempre acompanhado por seu motorista, que era um negro forte e alto, que além de motorista era também seu amigo, iam direto para a casa de material de construção do Lili do Xisto, onde você trabalhava (não sei se já nessa época),  em frente à casa de meu futuro sogro, Hélio Lacerda, onde eu passava grande parte do dia e por isso lembro-me de suas chegadas. Ambos chamavam a atenção de todos porque como vinham do Rio, e em férias,  andavam de bermudas, o quê provocava risos de muitos.

Quando estava no Indostão, seus amigos – inclusive meu sogro – eram frequentadores constantes para o jogo de buraco. E, durante o jogo, eram feitos os negócios de gado. Todos queriam comprar algumas de suas cabeças de seu  gado,  muito cobiçado por ser   importado diretamente da Índia. Os negócios eram famosos pelo fato de serem desfeitos unilateralmente por ele. Fechado o negócio, o comprador ia á cidade buscar o dinheiro e quando chegava de volta ao Indostão se surpreendia quando era comunicado de que o negócio estava desfeito. A fazenda era administrada pelo Zezinho da Usina (José Mariano de Campos), pai do Carlos Eloy. Lembro-me que nesta época, como eu fosse muito amigo das filhas do Zezinho, eu frequentava tanto a Usina (fazenda dentro de Pompéu) quanto o Indostão.

No Indostão, sempre que eu via o Dr.Chquinho, vinha-me à mente a imagem da bateia nos garimpos de diamante:  Quando a bateia cheia de cascalho é virada no chão, o diamante aparece no centro cercado pelas “formas” mais nobres, e essas por sua vez, pelas menos importantes, até chegar à última faixa, que é o cascalho.  Ali no centro ficava o Dr.Chiquinho ouvindo as pessoas que o rodeavam mais ou menos próximos, de acordo com a importância de cada um.  Eu, um rapaz de 19 anos, pré-vestibulando de direito,  engrossava a camada de cascalho. Quando ele raspava a garganta, todos se calavam porque ele ia falar alguma coisa!

De certa feita, em uma de suas visitas à Usina, eu passei pela sala com as filhas do Zezinho e outros amigos.  Não sei por que cargas d’água ele quis saber quem eu era.  Eu então me apresentei a ele como sendo o filho do Dr.Hugo Foscolo, o Promotor de Justiça de Pompéu. Ele, então perguntou-me o que eu fazia.  Disse-lhe que ia fazer vestibular no Itamaraty, para ingressar na carreira diplomática.  Ele, então, com tom bravo disse-me: “Que você está fazendo aqui rapaz?  Você deveria esta estudando dia e noite,  e não nessas brincadeiras com a turma!”  Não gostei da observação e a partir daquele dia passei a não enxergá-lo mais com bons olhos. Coisas de um ainda adolescente, embora já prestes a completar meus vinte anos.

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Carlos Fóscolo sobre a crônica “Levi Campos” de Sebastião Verly

Caro Tião,

Nesta quinta-feira, 30 de dezembro, serão homenageados todos os ex-prefeitos de Pompéu, com a inauguração, na Prefeitura Municipal, da Galeria dos ex-Prefeitos.  Você, que além de brilhante contista e cronista é também, hoje, um dos principais registradores da história contemporânea de nossa Pompéu, daria à festa um significado todo especial, através de sua presença.  E, evidentemente, um dos homenageados será o nosso querido Levi Campos.

Tive, felizmente, o privilégio de conviver bem de perto com o Levi, e comprovar todas as qualidades que você muito bem relata e retrata: sua brilhante Inteligência e sua personalidade irrequieta, inovadora e dinâmica.

Inúmeras foram às vezes que tive a oportunidade de presenciar a participação de Levi Campos em reuniões e assembléias de estudantes, na então nascente APES, fundada pelo não menos saudoso Alberto Carlos de Lacerda Campos.  Na época, eu era presidente da COPEA (Comissão  Pompeana de Estudos e Ação), uma  entidade formada por estudantes de segundo grau e universitários pompeanos residentes em Belo Horizonte.  E poucas não foram as vezes, que fomos  convocados pelo Levi para dar nossa pequena colaboração na solução de problemas.  De certa feita, quando ocorreu um grande conflito entre a comunidade e as tropas de reforço policial recém chegadas de Bom Despacho, fomos convocados  pelo Levi  para promover a mediação.  E, como sempre, ele colocou a nossa disposição a sua Rural Willys de listas verdes, dirigida pelo seu “braço direito” e grande amigo, Maurílio Alves de Sousa. De outra feita, solicitou-nos que organizasse uma campanha para arrecadar fundos para adquirir o terreno onde é hoje a praça de esportes.  E mais uma vez sua Rural Willys era colocada à disposição, e depois da campanha conseguimos levantar 4.000 cruzeiros, que era o preço do terreno estipulado pela proprietária Dª Tereza Álvares de Oliveira.

Seu espírito empreendedor, como você muito bem relata, tive também a oportunidade de vivenciar de perto.  Quando planejei montar minha empresa de calcário agrícola, mas não havia energia elétrica na fazenda de meu sogro Hélio Lacerda, Levi apressou-se em tentar me socorrer oferecendo-me uma grande área de terra, de sua propriedade, junto à cidade, às margens da rodovia, que, após estudos de viabilidade, declinei de aceitar, pois teria, de qualquer forma, buscar a matéria prima na fazenda.  E quando a empresa foi inaugurada, nossa primeira entrega de calcário foi para atender a um pedido de 200 toneladas para fazenda, sabe de quem?  De Levi Campos!

Poderíamos, prezado Tião, passar horas e escrever infindáveis páginas relatando fatos interessantes e também tristes de nosso querido Levi.  E, um desses fatos tristes de que me lembro com frequência foi do dia do funeral de meu sogro, que também faleceu aos 59 anos. Era 31 de maio de 1979.  Levi estava no velório, fazendo talvez uma das coisas de que ele mais gostasse: Agachado, encostado no murinho do jardim da casa,  cercado por uma roda de amigos – inclusive eu – e enquanto cortava o fumo para fazer seu cigarro de palha e repetindo o seu tique de levantar os ombros e chegar a cabeça para a frente com se estivesse a ajeitar o colarinho da camisa, dizia orgulhoso: “Eu tenho 59 anos, e nunca fui a um médico”.  Levi Campos faleceu, 30 dias depois, vítima de um infarto.

P.S.

Tião,

O IRG (Instituto Ruth Grassi) que você cita, foi fundado por mim, juntamente com a Maria Verônica Castelo Branco e a Elizabeth de Campos Correa.  Ele já nasceu grande, pois em seu primeiro dia de aulas já tinha todas as séries, desde o Jardim da Infância, passando pelos primeiro e segundo graus e inclusive curso de magistério e pré-vestibular, com 320 alunos. Foi uma revolução no ensino de Pompéu.  Orgulho-me de ter sido seu primeiro diretor, com alguns de nossos alunos sendo até mesmo mais velhos do que nós.

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Carlos Fóscolo sobre a crônica “Uma visita inesperada” de Sebastião Verly

Caro Tião,

Acabo de ler mais esta pérola emanada de sua mente brilhante e como sempre, criadora e com inigualável poder de descrição. Seus artigos tem aquele invejável poder de nos conduzir à cena descrita, tal a riqueza de detalhes. Excelente

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Carlos Bittencourt Almeida sobre o artigo “Disparada” de Sânia Campos

Eu também faço parte do minúsculo clube daqueles que tiraram a TV do seu cotidiano. Não sinto falta. Se eu tivesse em casa eu iria ver. Receita fácil contra o tédio. Sou forçado a recursos mais ativos: ler, ouvir música, conversar com as pessoas.Sempre me recordo que há 100 anos atrás não existia TV. Fica parecendo que é impossível viver sem ela. Não só é possivel, como ainda corremos o perigo de melhorar a nossa qualidade de vida …..

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