Antonio Ângelo

“Please I Can’t Breathe”

Publicado por Antonio Ângelo
15 de junho de 2020

Por demais tarde E o momento não permite Concomitância de astros Sangue e lua Grito e choro O ar que falta A face contra o asfalto Cenário de Goya Norte?…

Solidão sitiada

Publicado por Antonio Ângelo
15 de maio de 2020

fique em casa olhe pela janela na parede do prédio ao lado descubra manchas amorfas figurações um rosto de velho um borrão ilegíveis pichações abaixo no pátio mendiga curvada sobre…

Futuro do pretérito

Publicado por Antonio Ângelo
28 de abril de 2020

A cigana que me leu a mão não adivinhou que barragens se romperiam que ao fundo na paisagem ferruginosa existiria o que seria previsível o que seria incúria Não previu…

Mundo Asséptico

Publicado por Antonio Ângelo
27 de março de 2020

Madame transita pela avenida Em reluzente Mercedes blindada Cruzando a cidade quase deserta Amedrontada pela epidemia Motoboys, caixas às costas, passam acelerados Mendigos sob marquises Em promíscuo abandono, faces emaciadas…

O que não fica para trás

Publicado por Antonio Ângelo
12 de março de 2020

Das frestas do camburão Posso entrever retalhos de cenários mal iluminados Flashs da cidade onde vivo Subindo a Rua da Bahia, o Bar da Imprensa Lá – noite de sexta-feira…

Grito de carnaval

Publicado por Antonio Ângelo
18 de fevereiro de 2020

no Carnaval os foliões saltam e gritam exteriorizam-se tocam-se os corpos e se contorcem engalanados ou quase nus prazer e gozo suor e beijos a carne explode num só desejo…