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Publicado por Sânia Campos 16 de dezembro de 2011

Escrevi relatório

Retornei, e revisitei devaneios

Burilei, lapidei um pouco

Não sei se disse o que queria….

Aliás nem sei se queria algo

ou o que seria????

Em que lua estamos?

A chuva lavou

Não aprendi amar sem amor,

Viver sem emoção.

E agora sinto no meu caminho

uma  indagação?

O que me liberta

Pode parecer uma  prisão?

O que me aprisiona

Parece  liberdade,

pura ilusão?

 

Quero asas para voar

Mas fico aqui a ciscar e juntar caquinhos

Tentando remodelar as imagens de uma história

Fantasias que criei, fragmentos

as vezes desconexos, outras pura sincronia…

 

Destinos existem? E escolhas?

O que nos move e empurra?

Para o fundo, para o alto ou para o nada, o vazio

Buraco negro da alma

Silêncio total e frio!

 

Desperta da dor, que virou silêncio

Só me recordo e não vou explicar:

Deixei o amor me guiar e desta luz, alegria e dor

Nada se pode falar…

 

Viver pode ser assim mesmo:

Mergulhar.

Estar por aqui e existir neste mistério

Fluir como as  ondas para o imenso e infinito vazio.

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