Brasil sem fronteiras – parte I

Publicado por Sebastião Verly 23 de outubro de 2018

Brasil sem fronteiras – parte I

Josué de Castro, Cidadão do Mundo

Josué Apolônio de Castro mais conhecido como Josué de Castro, foi um influente médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político, escritor, ativista brasileiro que dedicou sua vida ao combate à fome. Destacou-se no cenário brasileiro e internacional, não só pelos seus trabalhos ecológicos sobre o problema da fome no mundo, mas também no plano político em vários organismos internacionais. Josué de Castro conseguiu as credenciais de Cidadão do Mundo, que lhe davam o direito de trafegar pelo mundo afora e livremente. Deve ser o sonho de todos nós, olhar o mundo livre de fronteiras imaginárias e transitar por todos os países mesmo que, para sermos compreendidos, tenhamos que gesticular mais do que falar dezenas de idiomas.

Essa lembrança de CIDADÃO DO MUNDO, livre de fronteiras, me veio à mente ao ver a imagem dos estrangeiros a passearam pela floresta amazônica num evento turístico e encantados e extasiados, confessarem o desejo de voltarem ao Brasil para ver tantas belezas.

A natureza deixou todas as terras e mares sempre navegáveis para que todos tenham o direito de ir e vir. Quero ver gente de mais de 200 países circulando livres pelo nosso querido Brasil. O Brasil acolhe todo mundo: ricos e pobres.

A imagem que tenho das grandes quedas d’água no Brasil é de um grupo de pessoas, homens mulheres e crianças a extasiarem-se diante das cataratas do Iguaçu, do saudoso Salto de Guaíra ou Sete Quedas, que deu lugar ao lago da majestosa Hidrelétrica de Itaipu. Rememoro o exuberante complexo hidrelétrico de Paulo Afonso aumentado em força hidráulica com a inteligência e os braços humanos. E, dentro de mais algum tempo, a irrigação de centenas de municípios da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará com a circulação das águas transpostas do Rio São Francisco.

Nascente do Rio Ailã
Nascente do Rio Ailã, Município de Uiramutã, Roraima

Quem já foi aos pontos extremos do Brasil há de abrir a imaginação para o tal mundo sem fronteiras. Ao norte, a nascente do Rio Ailã, no Monte Caburaí, Estado de Roraima, na fronteira com a Guiana. Ao sul, o Arroio Chuí no Rio Grande do Sul fronteira com o Uruguai. O extremo leste da parte continental do Brasil é a Ponta do Seixas, Cabo Branco, na Paraíba. Porém as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha, Atol das Rocas, arquipélago de São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz ficam ainda mais a leste, sendo o extremo leste absoluto do território brasileiro uma ponta sem nome na Ilha do Sul do arquipélago de Martim Vaz. A oeste, a Serra da Contamana ou do Divisor, no Acre, na fronteira com o Peru.

Por hora, resta-nos sonhar com um dia, daqui a não sei quantos anos, em que as pessoas se amarão plenamente e viajarão de um extremo ao outro do Planeta na certeza de só encontrarem amigos.

Nos próximos artigos paro no Brasil para ver a imensidão de belezas quase infinitas deste que chamamos Nosso País.

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