Poesia
O rio que quase apagou
18 de junho de 2020
O som das águas ruivas do rio da pequena cidade, quase esqueci. Ficava no fundo do vale. Como eu, revoltou-se poucas vezes. Era brando, exceto quando a enchente exalava toda…
“Please I Can’t Breathe”
15 de junho de 2020
Por demais tarde E o momento não permite Concomitância de astros Sangue e lua Grito e choro O ar que falta A face contra o asfalto Cenário de Goya Norte?…
As palomas e os nomes
10 de junho de 2020
Minas são muitas, As “palomas” são mais, Minas do coronel, As “palomas” de aluguel. As palomas não cabem no mundo, Mundo tanto e singular, Mas as “rameiras” das Minas, São…
Alto da Partida
4 de junho de 2020
No caminho pro alto apertado Vejo de longe escalavrado Esquecido sujo, destelhado O descampado a me esperar… Caliandras e faveros florindo A primavera por pouco já vindo Numa fria tarde…
Pra onde tão longe vou?
26 de maio de 2020
Pra onde tão longe vou? De onde tão longe venho… Rompe-se o morro Mas não tem enfretamento Ladeia-se a serra. Passa-se o Bicudo Ribeirão escuro Indo pras bandas das Velhas.…
Solidão sitiada
15 de maio de 2020
fique em casa olhe pela janela na parede do prédio ao lado descubra manchas amorfas figurações um rosto de velho um borrão ilegíveis pichações abaixo no pátio mendiga curvada sobre…