Poesia do confinamento – I

Publicado por Antonio Ângelo 17 de setembro de 2020

Refletia ela nos olhos luzes intermitentes
De um neon cor fúcsia piscando na parede

Pouco se lixava para esta história
De quarentena e cuidados outros

Depois de se embebedar, ficava a tecer
Filosofias um tanto desconexas

Como a respeito de comportamentos
Suas convicções, credos

Fumava um cigarro após outro
E beber, como bebia!

Mas, sejamos claros
Uma pessoa que importava

Que não merecia se acabar
Como acabou

De maneira totalmente
Equivocada

Depois daquela noite
De inesperadas revelações

Comentários
  • joao evangelista rodrigues 1279 dias atrás

    confinada como está
    a boiada engorda mais
    fica mais perto da morte
    que não mora em ilhla remota
    mora aqui mesmo na rua
    em frente a nossa porta
    confinada como está
    a poesia e sua língua morta
    engorda mais a desesperança
    de florir empossa horta

    Grande abraço;

  • francisco aminthas de 1299 dias atrás

    Que alegria !Recebo sua poesia recheada de momentos que estamos vivendo . Eu com visitas ao passado (que não é bom conselheiro),e meus demônios que divido com o Psiquiatra e com quem me restou dos meus .Abraço forte e fraterno do Aminhtas

  • Wesley 1306 dias atrás

    Alvíssaras! Como estava nos fazendo falta essa ração poética do maestro Antonio Angelo, aqui na Metropolitana. Quem é vivo sempre aparece, em quarentena ou não. Os pesadelos, destarte, ficam mais leves, ao ritmo do poeta e de suas pequenas obras primas. Saravá!

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