Sistemas de Crenças e Suposições

Publicado por Editor 28 de fevereiro de 2012

Quero apelar para sua mente analítica. Pense por um momento, e diga-me como você explicaria a contradição entre a inteligência do homem, o engenheiro, e a estupidez de seus sistemas de crenças, ou a estupidez de seu comportamento contraditório. Os feiticeiros acreditam que os predadores nos deram nossos sistemas de crenças, nossas idéias do bem e do mal, nossos costumes sociais. Eles são os que causaram nossas esperanças e expectativas, e sonhos de sucesso ou fracasso. Nos deram ganância, avareza e covardia. São os predadores que nos tornam complacentes, rotineiros e egomaníacos.

Para nos manter obedientes, submissos e fracos, os predadores se envolvem numa estupenda manobra, estupenda, claro, do ponto de vista de um lutador estrategista. Uma manobra horrenda do ponto de vista daqueles que a sofrem. Eles nos deram as suas mentes! Você está me ouvindo? Os predadores nos dão as mentes deles, que se tornam nossas mentes. A mente dos predadores é barroca, contraditória, morosa, cheia de medo de ser descoberta a qualquer momento.

Através da mente, que afinal é a mente deles, os predadores injetam nas nossas vidas de seres humanos o que lhes é conveniente. E dessa maneira garantem um grau de segurança que age como um amortecedor contra o seu medo.

A Sombra Voadora do Predador

Os feiticeiros antigos viram o predador. Chamaram-no de voador porque ele salta através do ar. Não é uma visão agradável. É uma enorme sombra, impenetravelmente escura, uma sombra preta, que pula através do ar. Então, aterriza plana no chão. Os feiticeiros antigos ficaram muito incomodados com a idéia de quando aparecia na Terra. Eles raciocinavam que o homem deve ter sido um ser completo a um certo ponto, com insights incríveis, façanhas de consciência que hoje em dia são lendas mitológicas. E depois parece que tudo desapareceu, e agora somos homens sedados.

O que estou dizendo é que o que nós temos contra nós não é um simples predador. Ele é muito esperto e organizado. Segue um sistema metódico para nos tornar inúteis. O homem, o ser mágico que ele está destinado a ser, não é mais mágico. É um mero pedaço de carne. Não há mais sonhos para o homem, mas sonhos de um animal que está sendo criado para se tornar um pedaço de carne: banal, convencional, imbecil.

Esse predador, que, claro, é um ser inorgânico, não nos é totalmente invisível, como são os outros seres inorgânicos. Acho que quando crianças o vemos e decidimos que isso é tão horroroso que não queremos pensar sobre isso. As crianças, claro, poderiam insistir em focalizar essa perspectiva, mas todos à sua volta as convencem de não fazê-lo.

A Capa Brilhante de Consciência

Os feiticeiros vêem bebês humanos como estranhas bolas luminosas de energia, cobertas de cima a baixo com uma capa brilhante, algo como um casaco de plástico que é ajustado e bem apertado sobre seu casulo de energia. Essa capa brilhante de consciência é o que os predadores consomem sem saber o que é. Quando o ser humano alcança a idade adulta, tudo o que sobra dessa capa brilhante é uma franja estreita que vai do chão até acima dos dedos dos pés. Essa franja permite à humanidade continuar vivendo, mas apenas sobrevivendo.

Até onde eu sei, o homem é a única espécie que tem a capa brilhante de consciência fora daquele casulo luminoso. Portanto, se tornou uma presa fácil para uma consciência de uma ordem diferente, tal como a consciência pesada de um predador. Como essa franja estreita de consciência é o epicentro da auto-reflexão, que é o único ponto de consciência que nos sobrou, os predadores criaram lampejos de consciência que eles passaram a consumir de forma implacável e predatória. Nos deram problemas fúteis que forçam esses lampejos de consciência a surgir, e dessa forma eles nos mantêm vivos em boa condição para que possam se alimentar com o lampejo energético de nossas pseudopreocupações.

Não há nada que você ou eu possamos fazer sobre isso. Tudo o que podemos fazer é nos disciplinarmos ao ponto de não deixar que eles nos toquem.

Comentários
  • Eulàlia Jordà-Poblet 4612 dias atrás

    Puxa, foi como se levasse um soco. esse artigo têm a força de um soco.

    • Jairo 4612 dias atrás

      Concordo plenamente com a opinião da Eulália. Acrescento: um soco nos resquícios de sensibilidade que ainda remanesce em nós e nos faz constrastar a absurdidade que nos rodeia todo o tempo….até quando?

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