O Lugar do Conhecimento Silencioso

Publicado por Editor 19 de março de 2012

Nossa tendência é ponderar, questionar, esclarecer. E não há como fazer isso na disciplina da feitiçaria. Ela é o ato de atingir o lugar do conhecimento silencioso, e o conhecimento silencioso não pode ser raciocinado. Pode ser apenas experimentado.

É muito fácil, no caminho do conhecimento, perder-se na confusão e na morbidez. Os videntes defrontam-se com grandes inimigos que podem destruir seu propósito, minar seus objetivos e torná-los fracos, inimigos criados pelo próprio caminho do guerreiro juntamente com as sensações de indolência, preguiça e vaidade que são partes integrantes de nosso mundo diário. Os enganos que os antigos videntes cometeram como resultado da indolência, preguiça e vaidade eram tão grandes, tão graves, que os novos videntes não tiveram escolha senão maldizer e rejeitar sua própria tradição.

A coisa mais importante que os novos videntes precisavam eram passos práticos para deslocar seus pontos de aglutinação. Como não tinham nenhum, começaram a desenvolver um intenso interesse por ver o brilho da consciência, e assim desenvolveram três conjuntos de técnicas que se tornaram sua pedra angular.

Com esses três conjuntos, os novos videntes executaram um feito extraordinário e difícil. Conseguiram fazer o ponto de aglutinação deslocar-se sistematicamente de sua posição costumeira. Reconheceram que os antigos videntes também haviam realizado esse feito, mas por meio de manobras caprichosas, idiossincráticas.

A visão que os novos videntes tiveram do brilho da consciência resultou na seqüência em que organizaram as verdades dos antigos videntes sobre a consciência. Isto é conhecido como o domínio da consciência. A partir daí, desenvolveram os três conjuntos de técnicas. O primeiro é o domínio da Espreita, o segundo, o domínio do Intento, e o terceiro, o domínio do Sonho.

O Intento, a Energia do Alinhamento das Emanações

O domínio do intento, juntamente com o domínio da espreita são as duas obras primas dos novos videntes, que marcam o advento dos videntes dos dias de hoje. Em seus esforços para obter uma vantagem sobre seus predecessores, os novos videntes perseguiam cada possibilidade. Sabiam que seus predecessores haviam executado feitos extraordinários, manipulando uma força misteriosa e miraculosa que só podiam descrever como Poder. Os novos videntes tinham muito pouca informação sobre essa força, de modo que foram obrigados a examiná-la sistematicamente através da visão. Seus esforços foram amplamente recompensados quando descobriram que a energia de alinhamento é essa força.

Começaram por ver como o brilho da consciência aumenta em tamanho e intensidade quando as emanações no interior do casulo são alinhadas com as emanações livres. Usaram essa observação como trampolim, exatamente como haviam feito com a espreita, e passaram a desenvolver uma complexa série de técnicas para manejar esse alinhamento de emanações.

Inicialmente, referiram-se a essas técnicas como o domínio do alinhamento. Perceberam então que o que estava em jogo era muito mais do que o alinhamento, era a energia produzida pelo alinhamento de emanações. A essa energia chamaram Vontade. A Vontade tornou-se a segunda base. Os novos videntes compreenderam-na como uma explosão cega, impessoal e incessante de energia que nos faz agir do modo como o fazemos. A Vontade responde por nossa percepção do mundo dos eventos comuns e, indiretamente, através da força dessa percepção, responde pela localização do ponto de aglutinação em sua posição costumeira.

Os novos videntes examinaram como tem lugar a percepção do mundo da vida cotidiana e viram os efeitos da Vontade. Viram que o alinhamento é incessantemente renovado, de maneira a dar um sentido de continuidade à percepção. Para sempre renovar o alinhamento com o frescor de que este necessita para produzir um mundo vivo, a explosão de energia que sai desses mesmos alinhamentos é automaticamente redirecionada para reforçar alguns alinhamentos especiais.

Essa nova observação serviu aos novos videntes como um outro trampolim, que os ajudou a atingir a terceira base do conjunto. Chamaram-na Intento, ou Intenção, e descreveram-na como a Orientação Proposital da Vontade, a Energia do Alinhamento.

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