Napoleão é o espírito do mundo a cavalo.
A única coisa que o homem aprende da história é que o homem não aprende nada da história. A História nos ensina que a História não nos ensina nada.
A necessidade, a natureza e a história não são mais do que instrumentos da revelação do Espírito.
A história do mundo não é o veredito da força, isto é, de um destino cego realizando-se a si mesmo numa inevitabilidade abstrata e não-racional. Pelo contrário, porque a mente é razão implícita e explicitamente, e porque a razão é explícita para si mesma, na mente, enquanto conhecimento, a história do mundo é o desenvolvimento necessário, decorrente da liberdade da mente, dos momentos da razão e, deste modo, da autoconsciência e da liberdade da mente.
A história da mente é a sua ação. A mente é apenas o que faz, e a sua ação faz dela o objeto da sua própria consciência. Através da história, a sua ação ganha consciência de si mesma como mente, e apreende-se na sua interpretação de si mesma para si mesma. Esta apreensão é no seu ser e no seu princípio, e a realização desta apreensão numa dada fase é simultaneamente a rejeição dessa fase e a sua elevação a uma fase mais elevada.
O ponto de vista geral da história filosófica não é abstratamente geral, mas concreto e eminentemente atual, porque é o Espírito que permanece eternamente junto de si mesmo e ignora o passado. À semelhança de Mercúrio, o condutor das almas, a Ideia é na verdade o que conduz os povos e o mundo, e é o Espírito, a sua vontade razoável e necessária, que orientou e continua a orientar os acontecimentos do mundo.
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