Você já deve ter notado isto: o pecador é motivo de grandes alegrias. E existem dois tipos de pessoas que se alegram com eles…
O primeiro é Jesus Cristo – aquele conhecido aprendiz de carpinteiro –, que contou umas histórias que sempre terminam em grande alegria. Como o pastor que recuperou a ovelha número 100, ou a dona de casa que achou a moedinha número 10, ou aquele velho pai que resgatou o filho número 2.
Todos estes casos terminam com um convite: “Alegrai-vos comigo, porque”… Ora, todos vocês sabem o motivo…
Sim, perdoar é fonte de alegria. Nunca me esqueço daquele amigo padre que, às vezes comentava comigo: “Hoje, eu fisguei um peixe grande!” Ele tinha atendido em confissão um penitente que não se confessava há 20, 30, 40 anos…
Deve ser por isso que no céu, toda noite, antes de irem dormir, o Pai pergunta ao Filho:
– Por que você está tão alegre hoje?
– É que hoje – responde o Filho – eu perdoei 235 milhões, 444 mil e 13 pecadores. Posso dormir tranquilo…
* * *
Mas existe outro tipo de gente que se alegra com o pecador.
Toda manhã, quando abro o Facebook, eles estão lá, rindo, alegres, babando de incontida alegria diante dos pecados dos outros.
Sim, tão logo ficam sabendo do pecado de alguém, eles correm a “postar” (eita verbo feio!!!) a notícia da corrupção, do escândalo, da fragilidade dos filhos de Adão. E se não há nenhum caso como estes para divulgar, certamente vão passar o dia emburrados, de cabeça baixa, sem ninguém para acusar.
Os amigos psicólogos de linha humanista, ainda existem!, já devem estar fazendo um diagnóstico. De onde vem esse prazer, essa alegria visceral diante das falhas dos outros? Talvez de um processo de compensação, ou as máscaras de Powel?, leve o juiz a condenar o outro, pensando interiormente: – “Existe alguém pior do que eu… Eu não sou tão ruim assim…”
* * *
Enquanto isso, lá da remota Palestina, ressoa aquela voz inesquecível:
– Não julgueis… para que não sejais julgados…
Que vamos fazer com os “bandidos” presos?
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