O grande embuste – parte 1

Publicado por Lucio Carlos Ferraz 23 de julho de 2020

O grande embuste – parte 1

Na própria casa do povo,
Em um crime de lesa-pátria,
Para escárnio de todos,
Foi uma infâmia consumada.

O país entorpecido,
Pelo insulto e afronta,
Pela hediondez cometida,
Aparvalhado se encontra.

É um múltiplo tormento,
Este elogio macabro,
Que o vulto do sinistro,
Bovinamente apoiado,
Ainda celebra a tortura,
E o verdugo, consagra.

Fosse expulso ou preso,
A um hospício enviado,
Para assombro do mundo
E gáudio do aziago,
Foi destarte premiado,
Com o posto mais alto.

Em certa altura da vida,
Mesmo que tudo perca,
A liberdade se imola
Para dissipar a cegueira.

Quem luta por si mesma,
Por si mesma se busca,
E merece a nossa palma,
Mas quem nesta vida,
Busca a redenção do humano,
Renuncia a si mesma,
Na humanidade se funda.

Neste pólo da existência,
Foi torturada uma jovem,
Pela busca do seu sonho,
Por defender sua gente.
E na mais idade,
Pela corrupção deslavada,
Teve a presidência roubada.

Para o mundo distante,
Foi o interesse escuso,
Movendo as peças do jogo,
Em um ambiente minado,
O que produziu este logro.

Esta gente entorpecida,
Pela falcatrua do mando,
Na desdita se dana,
Com o conto de uma conta,
Permanentemente cobrada.

Pela viseira do povo,
Manietado de novo,
Foi construído um circo.
Neste enredo do falso,
Enredado no engano,
Afundado no passado.

A maldade apurada,
Pela desmedida cobiça,
Nesta engrenagem maldita,
Mais e mais se depura
E nos escrúpulos em falta,
Somente a usura ressalta.

Esta desfaçatez medonha,
Dá engulhos e espanta.
E a bondade enojada,
Já tornada uma estranha,
Vai retraindo-se a um canto.

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