O outono brasileiro – parte 1 – O novo paradigma

Publicado por Nádia Campos 20 de junho de 2013

Olá, muito prazer! Sou o NOVO PARADIGMA. Sei que várias pessoas principalmente de gerações mais avançadas no tempo estão boquiabertas se perguntando: o que é isso? Quem é o líder? O que querem estes manifestantes? Muitos jovens como eu vibram e sentem ter voz e poder de transformação. Sim! O NOVO PARADIGMA vem junto principalmente com a nova geração pela lei natural do tempo. É claro que pessoas vanguardistas têm a ver com tudo isto. Até mesmo o Velho Paradigma tem lá sua responsabilidade, seja pelo seu esgotamento, ou pela necessidade de evolução das ideias. O Campo das ideias, para ter força, precisa ser vivido e ancorado na prática, dos pequenos aos grandes gestos. O gesto dos estudantes que ocuparam o teto e arredores do Congresso Nacional em Brasília e depois catarem o lixo que eles mesmos geraram vale mais do que 100 cartazes!

É por isso que nós, indignados, não acreditamos em conversê de programa eleitoral, em deputados e senadores que mamam o dinheiro público, se enchendo de regalias, tomando decisões que não nos interessam nem nos representam, favorecendo as elites. Está aí o Código Desflorestal como um mero exemplo de tantos. Como queriam que reagíssemos à PEC 37, que propõe tirar o Ministério Público de cena e legitimar a impunidade, confirmando ao povo que no Congresso Nacional se aglutinam muitos bandidos?

Nossa identidade nacional renasce lindamente neste outono frutífero de junho de 2013! E, que ironia, no chamado país do futebol é a Copa das Confederações, antevéspera da Copa do Mundo, que faz acender a chama inicial de um processo que apenas começou. Por que na Copa? Que frio seria este início de inverno se estivéssemos somente olhando a bola rolar e a beleza dos estádios, achando lindo e aplaudindo tudo!

Nada contra o futebol, pelo contrário, mas agora ele despertou um sentindo mais profundo, ao unir a nação por causas mais nobres, e a mídia esportiva nos ajuda a comunicar isso ao mundo. O inesperado para os governantes foi ver o povo saindo às ruas pelo óbvio: protestar contra verba pública sendo gasta em investimentos e grandes obras com prazos acelerados para a Copa. O sentido disso é mostrar uma IMAGEM do Brasil para o mundo. Assim se sustenta a política atual dos governantes, da construção da IMAGEM. Acontece que nós somos o REAL. Queremos dignidade no dia-a-dia! Sabemos que esta verba é NOSSA e queremos ser consultados não somente de quatro em quatro anos.

Os governos mantidos por alianças fisiológicas inescrupulosas estão propagandeando um Brasil rico e desenvolvido. Opa! Está riqueza é de quem? NOSSA! Então é claro que queremos usufruir dela em forma de bem-estar nas nossas vidas. Devemos convidar nossos irmãos turistas da Copa, para conhecer o BRASIL REAL!

Não só os estádios, hotéis e nossa divina natureza mas também as escolas públicas, os hospitais públicos, os lixões, que tal dar uma circulada em dias “úteis” no transporte coletivo por uma de nossas capitais?

Comentários
  • Sania Campos 3930 dias atrás

    O autor do artigo anterior é: Por Gilberto Maringoni

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