As lágrimas da Virgem de bronze

Publicado por Antonio Carlos Santini 4 de outubro de 2018

As lágrimas da Virgem de bronze

Foto: KOAT Albuquerque

A investigação ordenada pelo bispo local não encontrou causas naturais para o óleo que escorre dos olhos da imagem de Nossa Senhora.

Segundo informa o jornal “Catholic Herald”, o Bispo da Diocese de Novo México, EUA, Mons. Oscar Cantu de Las Cruces, publicou uma atualização do inquérito a respeito de uma imagem da Virgem Maria, na Paróquia de Guadalupe, na cidade de Hobbs. Segundo o informe, não foi possível identificar nenhuma explicação natural para o fenômeno.

Em um comunicado de agosto de 2018, afirma-se que “a primeira fase da investigação é determinar se o fenômeno pode ser explicado por causas naturais. Até agora, não pudemos discernir causas naturais para a estátua que está emitindo líquido. Se a causa do fenômeno for sobrenatural, nós devemos discernir se é de Deus ou do diabo. Recordo-vos que a Igreja crê na existência de anjos caídos, que às vezes tentam enganar-nos”.

O fato registrado por muitos é que uma estátua de bronze de Nossa Senhora de Guadalupe começou a “chorar” em 20 de maio, solenidade de Pentecostes, e desde então o fenômeno repetiu-se duas vezes, na festa de Maria, Mãe de Igreja, e novamente na festa do Imaculado Coração de Maria, 9 de junho.

Segundo se alega, a substância encontrada na imagem é um azeite róseo, perfumado, semelhante ao utilizado no sacramento da Crisma. Sendo uma estátua oca, nada foi encontrado em seu interior que pudesse ser a origem do líquido. Havia, mesmo, algumas teias de aranha na cavidade.

Os investigadores entrevistaram o fabricante mexicano, criador da estátua. Segundo o Bispo Cantu, deram a informação de que o processo de moldagem envolve elevado calor, que derrete por completo os moldes de cera em torno do qual as estátuas são modeladas, o que torna impossível a permanência de qualquer resíduo de cera que explicasse o acontecimento. Pe. José Segura, responsável pela paróquia, relatou de imediato o incidente ao bispo local, sendo recolhidas amostras das lágrimas e depoimentos de testemunhas oculares.

Mons. Cantu afirmou à imprensa que o processo de discernimento deverá basear-se nos frutos espirituais da imagem que chora. Ele lembrou os frutos do Espírito Santo mencionados na Carta de São Paulo aos Gálatas: caridade, alegria, paz, bondade, generosidade, fidelidade, modéstia, autocontrole e castidade. E lembrou aos católicos que a Igreja faz a distinção entre revelações públicas e privadas. As revelações públicas, encerradas após a morte do último apóstolo, diferem das revelações privadas, que não fornecem quaisquer novos conhecimentos para a salvação.

“Não há novas informações sobre a nossa salvação a serem adquiridas a partir de revelações privadas. As mensagens de revelações privadas apenas reafirmam e destacam o que Cristo já revelou na Escritura e na tradição”, disse o bispo. “Assim, Maria e os Santos sempre nos levam para Jesus e à Igreja. É por isso que Nossa Senhora instruiu São Juan Diego a ‘ir ao Bispo e construir um templo.’”

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