Manifesto por uma Cultura Solidária

Publicado por Nádia Campos 14 de julho de 2009

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Em seu interior, o ser humano aspira felicidade. Onde estará? Nas prateleiras dos supermercados como promete a publicidade? Sinceramente, creio que não, mas percebo que muitas pessoas vão por aí sem questionar muito.

Quem somos? De onde viemos? O que estamos fazendo neste planeta?

A maioria das crianças estão sendo enfiadas entre quatro paredes, nas escolas com estruturas ultrapassadas e arcaicas de ensino. Entregues ao descaso ou à lógica da competição no caso do “ensino privado”. Educação vira então investimento financeiro. Onde ficaram os valores da bondade, da justiça, solidariedade, liberdade, amizade, alegria? Parece que estão em extinção, resistindo na memória dos antigos, em povos que mantém tradições consideradas primitivas que alguns poucos tratam de resgatar entremeio à acelerada vida moderna. A necessidade de saberes de Ecologia Profunda tende a ser inevitável. Espiritualidade e Ciência tentam reaproximar-se por um chamado urgente: Gaia, a Mãe Terra, que também é um ser vivo, já não suporta esta sociedade materialista!

O medo é o que separa as pessoas, bloqueia o amor, gera desconfiança. Assim as pessoas se separam do próximo, do irmão, do vizinho, do forasteiro por isso ou por aquilo. E porque estar separados?

Se nos unirmos, as causas serão comuns. Cantaremos, dançaremos juntos! Saberemos cuidar melhor dos ecossistemas. Respeitaremos as árvores, os animais, faremos uma agricultura limpa, multiplicaremos as sementes. Cuidaremos dos rios, das nascentes, dos oceanos, como o exemplo dos indígenas bolivianos que em muitas comunidades fazem anualmente a limpeza dos canais de água desde a nascente, como um ritual sagrado. Os gestos de gentileza valerão mais que tudo! Seremos mais felizes, mais unidos, mais conscientes de nossa pequenez diante do universo.

Compartilho estas palavras como luzes de esperanças de que a solidariedade seja prática diária nas nossas vidas. Que rompamos os velhos conceitos rígidos que nos impedem de ver mais além. Que desaprendamos para seguir aprendendo. Agradecer a cada respiração o ar que nos permite seguir vivos, e responsabilizar-nos para que as próximas gerações desfrutem e voltem a sentir harmonia com a natureza da qual somos parte, e que as partes se equilibrem, já que se interdependem.

O poeta amazonense Thiago de Mello declama o poema “Pequeno ABC do Festcine Amazônia para salvar a floresta”. Assista:

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