Lançamento do livro: “Por um triz: memórias de um militante da AP”

Publicado por Editor 2 de dezembro de 2010
Lançamento do livro: "Por um triz: memórias de um militante da AP"

Do Editor 

Publicamos o Convite para o lançamento do Livro “Por Um Triz” de Ricardo de Azevedo, um ex-militante e dirigente da Ação Popular, organização política orginária das antigas Junventude Universitária Católica – JUC e Juventude Operária Católica – JOC, que a partir do Golpe Militar de 1964 se aproximou do campo marxista da esquerda brasileira. O autor foi também Presidente da Fundação Perseu Abramo, instituto de elaboração teórica do Partido dos Trabalhadores.

Lançamento do livro: "Por um triz: memórias de um militante da AP"

Comentários
  • Hermes Soares 4608 dias atrás

    Prezado Editor,

    Anexo texto para analise de divulgação.

    Recordando e sugerindo…
    Publicado em 06/08/2011 por Carlos Soares
    Agosto de 2011,

    A Feira Hippie está ai, magoada, desconfiada, mas unida. Quem acompanha o feirahippie.com desde janeiro sabe como foi difícil e dolorosa a jornada de lutas. Quem nos acompanha conhece as nossas idéias e as nossas razões, para aqueles que estão chegando agora, um pequeno resumo do que defendemos ao longo deste tempo e seguiremos defendendo. Propostas, licitação, novo leiaute, aluguel de barracas, produtos industrializados, segurança; estes são os assuntos mais relevantes e sobre os quais temos opinião formada, vamos a elas:
    Licitação
    Além de ser um fato imoral, desumano e ilegal, não há uma única razão HONESTA que justifique a pretensão do prefeito. O direito ao trabalho é uma dos pilares da dignidade da pessoa humana. Licitar a vaga de quem sobrevive, a 44, 20 ou 10 anos, do trabalho que vende na Feira, é atentar contra a dignidade do expositor e de sua família, é atentar contra o direito ao trabalho. Não cabe, aqui, o lero-lero de que não há direito adquirido sobre o uso do logradouro público, a dignidade da pessoa humana é fundamento de nossa Carta Magna e se sobrepõe a qualquer outra consideração. Isto não bastasse, salta aos olhos a injustiça que é tentar afastar, de um evento de reconhecido sucesso, como o é o caso de nossa Feira Hippie, os responsáveis por esse sucesso.
    A Feira não foi um evento criado por A ou B, nasceu, cresceu e se tornou conhecida de forma espontânea. O poder público veio depois e com o único propósito de arrecadar, jamais prestou qualquer tipo de colaboração relevante, muito pelo contrário. O sucesso da Feira Hippie de Belo Horizonte deve-se, única e exclusivamente, ao trabalho e dedicação dos expositores que lá estão a 40, 30 ou 20 anos. Tentar se apoderar deste evento, hoje, é uma forma mal disfarçada de furto, de apropriação indébita, de roubo puro e simples.
    Justificar uma licitação como ação destinada a moralizar e acabar com o pretenso aluguel de espaço e venda de produtos industrializados, é mentir descaradamente. Se existe o aluguel de espaço e a venda de produtos industrializados – e existe, em dimensão muito, e bota MUITO nisso, menor do que alardeiam os meios de comunicação comprados pela estratosférica verba publicitária alocada pelo prefeito – é por DELIBERADA falta de fiscalização. É claro e cristalino que licitar e criar uma nova feira – a feirinha pisca-pisca & mão grande – não resolve nada. Sem fiscalização, em duas semanas teríamos um quadro muito pior do que o atual. E bota pior nisto!
    A população de Belo Horizonte, que reconhece a Feira Hippie como PATRIMÔNIO da cidade e deu mostra de seu orgulho, apoio e carinho, deve permanecer atenta: motivos inconfessáveis mantêm a intenção do prefeito de ACABAR com a Feira Hippie. Desconfio, coisa de mineiro, que a Feira seja algo que ele vendeu, recebeu e TEM que entregar. Talvez uma forma de ajudar alguma dona de ONG falida. Oh desconfianças cruéis!
    Novo Leiaute
    Deixo bem claras duas premissas: desejo que a implantação seja realizada logo; gostaria que fosse por remanejamento linear. Isto posto, lutarei, por todos os meios LEGAIS, a favor de que se implante pelo remanejamento aprovado pela Comissão Paritária. Pouco me importa o que eu GOSTARIA, a decisão da Comissão Paritária deve de ser respeitada!
    Um plebiscito, que tenha a concordância da Comissão, e sei que a atual Comissão concordará, é a única alternativa que aceito.
    Segurança
    Não consigo entender o que a PBH espera para iniciar o processo de implantação das Brigadas Contra Incêndio e Pânico. Será que apostam em um desastre? Seriam TÃO irresponsáveis?
    Tentamos agilizar este processo mas esbarramos no fato de que a formação das Brigadas dependem de infra-estrutura que somente pode ser montada pela PBH: hidrantes; sinalização visual; extintores e outras. Em princípio de julho oficiamos a Regional Centro-Sul sobre este assunto e não obtivemos resposta até o momento.
    Até onde irá a irresponsabilidade de nossos atuais governantes?
    Propostas
    Que o prefeito desista de seu intento e entenda que a Feira Hippie é patrimônio da cidade de Belo Horizonte e merece ser tratada com respeito;
    Que a PBH exerça a sua obrigação de fiscalizar;
    Que fiscalização seja exercida de forma inteligente, humana e democrática;
    Que a PBH enxergue a Feira como o que ela é: um evento reconhecido mundialmente e com grande potencial turístico e de lazer;
    Que PBH deixe de ser inimiga e aproveitadora e se torne parceira;
    Que a escadaria e o saguão exterior da PBH sejam destinados à exposição dos trabalhos de artesãos eventuais e em situação de rua;
    Que as decisões da Comissão Paritária sejam respeitadas;
    Que a honestidade de propósitos, o bom senso, a aceitação das diferenças, o respeito à dignidade e o diálogo sincero orientem, daqui para frente, a relação necessária entre os poderes públicos e a Feira Hippie de Belo Horizonte. Amém
    Em tempo
    Peço aos colegas que usem este espaço para comentar, divergir, elogiar, espinafrar, etc. Reconheço que o uso do e-mail se tornou quase que automático, é a força do hábito, antes não havia esta opção… Aqui seu comentário será apreciado por todos e pode produzir novas idéias, novas discussões e novas soluções. Reserve o uso do e-mail para assuntos pessoais, sugestões e solicitações. Participe e comente aqui! Obrigado.

  • Milton Tavares Campos 4848 dias atrás

    Agora que terminei de ler o livro posso dizer que a sensação que ficou é a de que o autor foi, como um barquinho de papel, sendo levado pela enxurrada de acontecimentos, ou um aviãozinho também de papel sendo levado pelo vento. O certo é que ele foi se adaptando às situações e sobrevivendo a elas tudo “Por um triz”. A forte repressão da ditadura militar no Brasil, sendo que o delegado Fleury, do DOPS de São Paulo, que era o chefe do Esquadrão da Morte e torturava sob o efeito de drogas pesadas, chegou a prender a mãe de Ricardo por um dia.
    Testemunha vivva do golpe militar no Chile, com sua repressão brutal, onde até um general que comandava o Estádio Nacional, transformado em Campo de Concentração, foi fuzilado, provavelmente a mando do próprio Pinochet, por ter entregue 41 Tupamaros para o embaixador da Suécia. Dezenas de soldados e oficiais foram mortos por não acompanharem o golpe militar. Tudo contado por quem estava dentro do processo.
    A Revolução dos Cravos em Portugal, que começou jubilosa e depois se esvaziou. Me fez lembrar o filme “Os Capitães de Abril”, onde o Major Otelo Saraiva lamentava: “Se eu tivesse lido os livros certos, hoje seria o Che Guevara da Europa”.
    E por aí vai. Como a Ação Popular e outros grupos sobreviventes da repressão da Ditadura Militar brasileira aproveitaram o momento da abertura política até a formação do PT, para onde vai a maior parte deles, com exceção do PCB, do PCdoB e do MR8. Um belíssimo documento histórico. Fundamental para a nova geração que quer conhecer melhor aquele período quando ainda não havia nascido.

  • Miriam – Ribeirão Preto 4851 dias atrás

    Só uma perguntinha: como comprar o livro?

  • Milton Tavares – BH 4852 dias atrás

    Completando o comentário anterior de que esse livro tem tudo para virar filme, a melhor cena será sem sombra de dúvida, pelo que li até agora, aquela passada no Presídio Tiradentes, no momento em que um grupo de estudantes secundaristas que participaram da VPR e suas ações voluntariosas, totalmente despreparados emocionalmente para enfrentar aquela barra, aceitam ir para a TV dizer que não tinha havido tortura, que estavam arrependidos, que foram manipulados, etc. Como todos os outros presos viram a cena na TV, na hora que os “desbundados” retornam para o Pavilhão dos Presos Políticos, são recebidos aos gritos de “Traidor!Traidor!”. No meio da tragédia surge a comédia, quando o carcereiro Napolitano, muito popular entre os presos, entra de peito aberto no Olho do Furacão e se impõe: “Eu quero que se foda a Ditadura, mas eu preciso de sossego no meu plantão”.

  • Milton Tavares – BH 4852 dias atrás

    Estou impressionado com a força desse livro. Ainda estou na metade pois prefiro ler devagar, mas fico doido para chegar em casa para ler mais um pedaço. O autor é uma pessoa solta, que escreve sem medo, falando de todos os assuntos. Sua trajetória de vida foi riquíssima, como sua experiência. Cadeia, exílio(ainda não cheguei lá), as divisões da esquerda brasileira, suas fraquezas e sonhos. O que é mais raro, o autor leva a gente sem dogmatismo através da sensibilidade. Nascido em uma familia rica ele perambula por todos os meios sociais, pela Boca do Lixo, pelo subúrbio e pelo rural, viajando pelo Brasil e pelo mundo afora. Ele chega a desafiar o pressuposto do geógrafo Milton Santos de que “ninguém enxerga o Universo a partir do Universo, cada um enxerga o Universo a partir de um lugar”, tal o caráter universal da sua escrita. O autor consegue se colocar na pele de cada pessoa, de cada companheiro, de cada personagem, tal a intensidade da descrição do sofrimento e da alegria alheia. Este livro tem tudo para se tornar um best seller além de ser um ótimo roteiro para um filme ou uma minisérie de TV. Podem anotar.

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