Xadrez

Publicado por Antonio Ângelo 29 de agosto de 2017
xadrez

xadrez

Ainda ontem a queria
como hoje não seria possível.

Talvez porque hoje a queira
como quem timidamente se esgueira.

Amanhã, sem direção ou arrimo
estarei à mercê de seu humor ferino.

Se no antanho a salvei do desterro
cometi – diz-me – o maior dos erros

porque a ter trazido de volta
se apenas no sonho o amor não se esgota?

Com frequência o que almejamos
é o que nos leva a desídias e enganos.

Alfa e ômega, homem e mulher
vamos indo aos bem e mal me quer.

Comentários
  • Sebastião Verly 2415 dias atrás

    Em poucas ou muitas palavras sua sabedoria chega com tamanho vigor. Sempre que leio o que v. escreve, eu me rejuvenesço. Me dá uma vontade danada de escrever omo você escreve. Dificil saber de onde vem esse enorme talento. PARABÉNS, MAIS UMA VEZ!!!

  • wesley 2419 dias atrás

    De volta ao ritmo acelerado dos versos dúplices, AA está mais ágil que nunca (ou seria mais ágil que sempre?), invertendo as equações em busca do momento em que tudo começou: era a palavra. No início e no final, ainda são as palavras, nada mais.

  • Manoel Fonseca 2424 dias atrás

    Como dizia o sábio sr Manoel lá do Vale do Jequitinhonha, “Mulher não é bicho de se criar em casa”

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