Ninfo

Publicado por Antonio Ângelo 14 de novembro de 2017

ninfo

Por muitas vezes o traiu
mas sempre ao voltar
algo tinha a lhe mostrar

Como o outro a pegava
pelos flancos
como lhe envergava a coluna

Até uma vez num sussurro
pediu: faça assim
assim é como ele fazia

e deixava-me tonta
como se um absinto
tivesse-me feito ingerir

Sempre de novo partia
como quem saísse à caça
de gozos renovados

Para mostrar no retorno
do quanto se saciara
e do quão lhe fora ele parco

Comentários
  • wesleypioest 2324 dias atrás

    O poeta, vivíssimo, de tudo sabe um pouco. E nos guia dentro da moldura: este é o quadro, assim o fez o criador. Com maestria, ensina, no escuro, que há luz – e a luz a tudo ilumina: sonhos e pesadelos. O poeta, atualíssimo, mostra a que veio. A vida é o que cabe em nossa imaginação. Poesia faz toda a diferença. E A.Angelo sabe moldá-la como ninguém.

  • Reginaldo Souza 2325 dias atrás

    Como as pessoas sexualizadas convivem com as assexuais? De repente é uma parceria que pode dar certo.

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