Ao cair da noite

Publicado por Antonio Ângelo 24 de janeiro de 2017
ao cair da noite

ao cair da noite

Somente não me diga
seu nome

Ao meu lado, sem litígios
você se deite, se desvista

Com suas artes e prodígios
sustenha-me insone

E me olhe
com o seu olhar que transgride

Onde em meio às íris
vejo a vagar lumes em miríades

Entrementes os lábios vermelhos
prenunciam deleites

Que não sei se me aliviam
se me profanam

Sabendo minh’alma que se arrisca
e se entrega e se desvenda e se espanta

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